terça-feira, 1 de maio de 2012

Capítulo V


O dia estava começando a amanhecer quando Rachel acordou. No horizonte, bem longe dali, podia se ver o nascer do sol. Mischa dormia sob o corpo da menina e essa sorria enquanto lhe acariciava os cabelos. A noite havia sido formidável. Rachel agora tinha plena certeza de seus sentimentos por Mischa. Ter aquela garota frágil e prepotente em seus braços lhe causava uma sensação indescritível.
- Ei, pequena. – sussurrou Rachel para Mischa.
- Ei. – respondeu Mischa tentando abrir os olhos e se espreguiçando.
- É melhor voltarmos. Logo, o dia vai amanhecer e temos aula. – Rachel sorria.
- Tudo bem. – respondeu Mischa que em seguida abraçou Rachel.
Rachel abraçou a menina e suspirou. Seus olhos brilhavam enquanto olhava o horizonte. Após alguns minutos as duas se levantaram, pegaram seus casacos e foram caminhando em direção ao apartamento.
- Obrigada. – disse Mischa enquanto entrelaçava sua mão com Rachel.
- Eu quem agradeço por me proporcionar uma noite tão agradável. – Rachel sorriu para a menina.
- Eu posso te proporcionar quantas noites agradáveis você quiser! – respondeu Mischa com um sorriso malicioso que fez com que Rachel desviasse o olhar.
Quando chegaram ao apartamento Mischa se jogou no sofá e resolveu tirar um cochilo enquanto Rachel foi tomar banho. A menina tinha treino pela tarde e precisava estar bem disposta. Após alguns minutos Rachel já estava pronta para a aula, apenas terminava de arrumar sua mochila.
- Acorde, pequena. – disse Rachel enquanto beijava a testa da menina para acorda-la.
- Ah, como eu estou cansada. E ainda tenho aula de educação física. – resmungou a menina enquanto se levantava.
Rachel preparava as panquecas com mel e torradas. A menina tinha um sorriso estonteante no rosto. Enquanto terminava de tirar o café da cafeteria Mischa chegou e abraçou a menina por trás, o fez com que um arrepio percorresse seu corpo.
- Vou ficar mal acostumada! – sussurrou Mischa.
- Talvez eu tenha alguns objetivos. – Rachel se virou e beijou a garota.
- Eu adoraria descobrir esses objetivos! – disse Mischa entre o beijo.
- Quem sabe! – sussurrou Rachel após morder o lábio da menina.
Rachel sorriu maliciosamente enquanto se virava para pegar as panquecas. As garotas já estavam quase atrasadas, o que fez com que essas tomasse o café da manhã sem muitas palavras, apenas sorrisos e olhares.
- Vamos logo, Mischa! – chamou Rachel enquanto abria a porta.
- Já estou indo, é que eu estava esquecendo minha garrafa d’água. – respondeu Mischa enquanto saia do apartamento.
As duas desceram as escadas e no caminho receberam diversos olhares curiosos. Rachel mantinha a expressão séria e fria no rosto, como se desprezasse todos os olhares. Mischa sorria estonteantemente.
- Você já foi Miss alguma coisa não é? – perguntou Rachel enquanto atravessavam o saguão.
- Eu fui Miss Copenhague por três anos consecutivos, por quê? – perguntou Mischa intrigada.
- É que você sorri o tempo todo. – Rachel sorriu ironicamente.
- Você é uma idiota! – Mischa não conseguia controlar o sorriso.
Logo, as duas se separaram. Visto que Mischa foi para a quadra de esportes e Rachel para sua aula de física. As duas se despediram com um sorriso e o brilho nos olhos. Enquanto ia em direção a quadra de esportes, Mischa avistou Chelsea e Diana.
- Bom dia, meninas! – disse Mischa animada.
- Só se for para você. Nunca é um bom dia quando se tem aula de educação física. – lamentou Diana.
- É interessante se você fica a olhar algumas garotas de short. – riu Chelsea. – Aliás, Mischa vai ser a atração dessa primeira aula. – a menina estava às gargalhadas.
- Na verdade, eu acho que não hein? – Mischa ria animada.
- Ainda mais depois da surra que a Rachel deu na Toxic, ninguém vai ousar em olhar para a Misch. – comentou Diana com um sorriso bobo no rosto.
As três caíram na gargalhada e Mischa dentro de si sentia uma euforia. Logo, as meninas chegaram na quadra de esportes. Por se tratar da primeira aula, haveria uma pré-seleção das modalidades. O colégio West Dynamik era um grande competidor no leste europeu. Portanto, tratava de treinar e desenvolver o talento esportivo de todas as alunas.
- Bom dia, meninas! – disse o Professor Fredroy. – Esse era um homem de aparentemente 30 anos. Seu corpo era musculoso, o cabelo raspado e olhos profundamente azuis. Apesar de parrudo, tinha um sorriso dócil.  – Hoje vamos fazer a pré-seleção para o time principal de Hockey. Quem se interessar venham para o meu lado esquerdo, as outras meninas aguardem a seleção para as outras modalidades. As veteranas tratem de se aquecer.
As meninas começaram a se dividir entre o lado esquerdo do professor e as arquibancadas.
- Vocês vão? – perguntou Mischa.
- Não, nós jogamos no time principal de handball. – respondeu Diana sorrindo.
- Entendi. Sempre tive interesse por Hockey, acho que vou tentar me inscrever! – disse a menina animada.
- Boa sorte! – disse as duas meninas.
Mischa se direcionou para perto do professor onde havia várias outras garotas. Dentre elas, Toxic. Logo, o professor começou a reunião com as meninas do Hockey.
- Pois bem, quem já jogou Hockey pelo menos uma vez? – perguntou o professor para as novatas.
Algumas meninas dentre elas Mischa ergueram a mão. O professor sorriu talvez o progresso não fosse tão distante dali.
- Hoje vamos fazer um aquecimento e eu irei passar as regras para vocês. – o professor sorria para as meninas. – Nosso time de Hockey tem sido o campeão do Leste Europeu a sete anos consecutivos, porém, sempre precisamos renovar o time. Visto que nossas estrelas logo irão sair, não é Toxic?
- É. – respondeu Toxic com um sorriso torto.
- Não sei se todas vocês já conhecem a Toxic, mas ela é uma das melhores e mais antigas jogadoras do time de Hockey, portanto, ela ira acompanhar o desenvolvimento de vocês nos treinos vespertinos.
Mischa ficou um pouco tensa com essa informação, mas resolveu ignorar. O professor explicava detalhadamente todas as regras e o vocabulário do Hockey para as meninas. Mischa já conhecia boa parte das regras, visto que seu pai era um fã nato de Hockey.
- Agora vamos até a quadra de Hockey para vocês se simpatizarem com o lugar! – Fredroy sorria.
As meninas se direcionaram para o estádio de Hockey que ficava a pelo menos 100 metros de onde elas estavam. No caminho Mischa começou a interagir com as garotas, mas de longe observava Toxic, essa falava apenas com o professor.
Quando chegaram ao estádio Mischa ficou estonteada, era imenso. Havia o brasão do colégio por toda parte. Todas as alunas se sentaram juntas ao professor nas arquibancadas e esse lhes passavam outras dicas e regras. Fredroy chamou Toxic e ambos foram para a quadra mostrar alguma das jogadas principais para as garotas. Após explicar isso, mandou as meninas para o vestiário para colocarem seus uniformes.
Mischa ria enquanto se trocava. Havia tantas proteções que ela não sabia o que deveria colocar primeiro. Até que Parcy a ajudou. As duas conversaram um pouco, e Parcy não perdeu a oportunidade de perguntar o que havia acontecido na festa da Toxic.
- A verdade é que eu estava bêbada demais para me lembrar de alguma coisa! – respondeu Mischa sorrindo.
A garota logo voltou para a quadra. Alguns pares de olhos se voltaram para ela. A sua camiseta era justa e marcava todas as suas curvas. Porém, a menina continuou seu caminho até a quadra. Algumas meninas já corriam pela quadra, Mischa não perdeu a oportunidade e começou a utilizar seu equilíbrio adquirido em algumas apresentações de ballet.
- Vejo que algumas de vocês já têm habilidade para se movimentarem. Isso é bom! – afirmou o professor que também estava na quadra. – Agora vamos definir as posições de ataque e defesa.
As horas foram se passando e o professor explicava cada detalhe do jogo. Muitas das garotas já haviam entendido o sentido do jogo, dentre elas Mischa, que se destacou entre as outras garotas. Logo, o treino terminou.
- Se continuar assim, pode ganhar uma vaga no time titular. – disse o professor para Mischa enquanto saiam da quadra.
A menina sorriu e foi em direção ao vestiário se trocar. Mas antes disso a menina precisava se refrescar então foi em busca de um bebedouro. Parcy já havia ido até o vestiário, então só lhe restou encontrar o bebedouro sozinha.
Mischa caminhou por um corredor e logo encontrou um bebedouro. Após tomar água percebeu que havia uma sala com alguns troféus e medalhas. Sua curiosidade ficou aguçada e a menina adentrou a sala. Havia muitas taças, medalhas, posters e fotos. Mischa olhou por todas as estantes.
- Eu não posso acreditar! – disse a menina para si mesma ao ver que o nome de Rachel estava em praticamente todas as taças.
A curiosidade de Mischa ficou ainda mais aguçada após descobrir que Rachel era uma estrela do Hockey. Enquanto seus olhos passeavam pelas prateleiras, a menina avistou uma foto em que Rachel levantava a taça de um campeonato com uma garota. Nessa as seguintes escritas estavam gravadas:


The Best Player Hockey 2008
Rachel Groffrean & Blair Westkinger


Mischa sentiu um aperto no coração ao ver que a garota com que Rachel sorria e erguia uma taça na foto era Blair. A garota era incrivelmente bonita, e Rachel sorria com tanta euforia. A garota buscou não se importar com isso, até que na prateleira seguinte encontrou mais fotos das duas garotas juntas.
- Misch? – disse Chelsea a entrar na sala. – Nós estávamos procurando por você.
A menina não respondeu, portanto, Chelsea resolveu se aproximar da garota. Quando a viu olhando uma das fotos que Rachel sorria e abraçava Blair com a camisa do time do colégio, a menina entendeu do que se tratava.
- Ela ainda não te disse nada sobre ela não é mesmo? – perguntou Chelsea.
- Não. Acho que ela ainda não superou. E nunca vai superar não é mesmo? Olha essa garota, parece que saiu da capa da Vogue? – Mischa estava nervosa.
Blair de fato era muito bonita. A menina tinha longos cabelos castanhos, a pele clara como a neve, a boca vermelha e desenhada por anjos, além de seus olhos azul petróleo.
- Acho que você deveria esclarecer essa história com a Rachel. – sugeriu Chelsea enquanto saiam da sala de troféus.
- Não só essa história, eu não quero ter que descobrir coisas sobre ela todos os dias. Eu quero que ela me diga quem ela é. – Mischa realmente estava enfurecida.
As duas meninas caminharam até o refeitório onde Mischa buscava encontrar Rachel. Suas bochechas estavam coradas, a menina estava de fato muito irritada. Chelsea sugeriu para ambas se sentarem. Após alguns minutos Rachel passou pelo refeitório sem olhar para os lados.
- Rachel! – chamou Mischa. – A menina se virou ergueu uma das sobrancelhas e foi ao encontro da menina.
- Ei, como foi à aula de educação física? Encaixou-se em alguma modalidade? – a menina sorria.
- Eu preciso falar com você, AGORA. – disse Mischa com os olhos enfurecidos.
- Pedindo com tanta gentiliza. – Rachel franziu o cenho.
- Vamos até o carvalho. – disse Mischa que logo se encaminhou em direção ao carvalho.
Rachel não disse uma palavra no caminho. A garota havia se irritado com a atitude de Mischa, além de não estar entendendo praticamente nada do que acontecia. Quando chegaram no carvalho branco Mischa se sentou em seguida.
- Pode falar agora. – Rachel olhava para o espaço vazio.
- Eu quero saber quem é você! – Mischa tinha as bochechas coradas.
- Como assim? – perguntou Rachel erguendo uma das sobrancelhas.
- Rachel, todos os dias eu descubro algo sobre você e seu passado. Todos os dias as pessoas me contam coisas ao seu respeito e eu não sei julgar se é verdadeiro ou não, porque eu não sei nada de você. Você nunca me falou sobre sua família, seus amigos, a Blair...- a menina mordiscava o lábio.
- Eu sabia que um dia íamos ter que ter essa conversa, mas não imaginava que seria tão precoce. – Rachel suspirou e olhou para a menina. – O que você precisa saber de mim, é o que você sabe, o resto são apenas páginas de um livro velho espalhadas por um corredor vazio.
- Mas eu quero saber por quem eu estou me apaixonando! – as lágrimas brotavam em seus olhos azuis.
Rachel abaixou a cabeça suspirou e olhou para os olhos lagrimejados da garota. Havia chegado a hora.
- Tudo bem. Vou lhe contar tudo. – o semblante da garota era sério.
- Em 2004 meus pais morrem em um acidente de carro enquanto voltavam da Escócia. Eu fui para a Califórnia morar com minha avó, porém, eu não suportava aquele lugar. Eu sempre amei a Dinamarca, então em 2005 voltei e comecei a estudar no West Dynamik. Minha família nunca mais procurou notícias sobre mim e nem eu sobre eles. Minha casa se tornou o WD, e essa é uma das razões pela qual eu tenho um apartamento só meu. Enfim, em 2005 eu comecei a me dedicar muito aos estudos, eu praticamente morava na biblioteca. Quando 2006 chegou eu conheci a Melody e a Camille, nós nos tornamos inseparáveis. E eu descobri que era possível sorrir mesmo com um coração estraçalhado pela morte. Posso até dizer que me tornei alguém popular. Eu era uma das mentoras da festa de recepção das novatas, eu e Toxic. Nós tínhamos um grande afeto uma pela outra. Lutávamos boxe juntas uma das razões por eu ter levado uma surra e ela também.
- Porque vocês não se falam hoje em dia? – interrompeu Mischa.
- Porque em 2006 houve a festa das novatas e eu estava namorando a Melody e então a encontrei com a Toxic no quarto dela, o resto da história você pode imaginar. Depois disso nunca mais nos falamos. Eu e Melody terminamos, ela saiu do colégio logo em seguida e meu coração outra vez foi estraçalhado, eu amava aquela garota. Ela havia se tornado meu porto seguro. Depois disso eu perdi a razão e comecei a ficar com todas as garotas do West Dynamik, me embebedar e me drogar e dar as melhores festas do campus. Acho que foi ai que as garotas começaram a se interessar por mim. Mas apenas as garotas mais velhas se lembram disso, como a Parcy, Toxic e Tracy, as outras apenas ouviram uma vez ou outra pedaço das histórias e replicaram.
- E a Blair? – Mischa não encarava Rachel.
- Quando chegou 2007 eu organizei a festa das novatas e ela por acaso foi. Eu a vi de longe e me encantei por ela. Porém, ela tinha um egocentrismo incrédulo. Ela foi a primeira garota que me desprezou. Eu tentei conquista-la de todas as formas e ela sempre me dava um sorriso irônico. Depois ela entrou para o time de Hockey, o qual eu sou capitã a sete anos, nós éramos praticamente rivais, sempre tentávamos superar uma a outra. No atletismo, no Hockey, no ciclismo, no futebol, nas notas, em tudo. Em uma das festas que eu organizei eu acabei tento uma overdose, ela me levou para o hospital e ficou uma semana comigo. E então, dopada de remédios eu pedi ela em namoro e ela aceitou. Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Depois desse dia eu nunca mais organizei ou frequentei festas, deixei de falar com muitas pessoas, parei de beber e me drogar, meu mundo girava em torno dela. Todos os meus planos e sonhos estavam ligados a ela. O meu mundo poderia estar em chamas, mas se ela sorrisse tudo ficava bem. Nós éramos iguais e totalmente opostas. Eu tinha certeza de que ela era o amor da minha vida. Eu dei todo o amor que eu tinha para ela, todos os meus sorrisos, eu dei o meu coração a ela.
- E o que aconteceu depois? – perguntou Mischa séria.
- Ao fim de 2009 ela me disse que não podia mais ficar presa a alguém. Ela precisava conhecer o mundo lá fora para ter certeza de que era comigo que ela seria feliz. Blair alegou que eu já tinha vivido bastante a minha vida devido as minhas farras e que ela havia tido apenas a mim como namorada. E então ela se foi deixando apenas os sonhos e planos sob a mesa.
- E o que você fez depois disso? – os olhos de Mischa estavam calmos e serenos agora.
- Eu me lembro como se fosse ontem. Eu entrei no banho e meus olhos ardiam como se estivessem pegando fogo. As lágrimas queriam escorrer, porém, eu as prendia com toda a força que eu tinha. As marcas ainda frescas nos meus punhos retratavam a minha dor. Eu queria ir embora, fugir e nunca mais voltar. Eu estava sozinha, tudo o que eu tinha escapou pelos meus dedos. Sentei no chão do quarto e fiquei a fitar as paredes, elas nunca pareceram tão mortas. Meus olhos ainda queimavam e as lembranças das últimas horas dilaceravam meu coração que batia lentamente. O suicídio estava a um passo, faltou apenas coragem. O que fazer dali em diante? Eu não sabia o que pensar o que falar. Minha vontade era ir atrás dela e lhe dizer tudo o que estava sufocado dentro de mim, mas eu não conseguia. Eu apenas queria sentar e chorar. Tudo estava embaçado, minhas lágrimas se tornaram meus olhos. A lembrança do sorriso debochado ao bater a porta dilacerava minhas veias. Eu estava explodindo por dentro, eu queria explodir alguém, eu queria explodir tudo. Eu queria explodir o meu coração para não sentir mais nada. O dia logo amanheceu e a dor não foi embora junto com o luar. Daquele dia em diante eu estive sozinha.
Mischa olhou para Rachel seus olhos estavam lagrimejados, ela não sabia o que fazer. Como alguém poderia viver completamente sozinha por tanto tempo? Mischa tocou a mão de Rachel que a olhou.
- O que foi? – perguntou Rachel com os olhos vazios. – Vai embora agora?
- Não. Eu sei que essa Blair era quase uma deusa, estou bem longe de ser alguém assim. Mas jamais deixaria você. – Mischa sorriu.
- Como posso acreditar nisso? – Rachel a olhou no fundo dos olhos.
- Apenas acredite, Rachel. – a menina pegou a mão de Rachel. - Você não ficará mais sozinha. – Mischa tocou os lábios da garota lentamente. Os olhos de Rachel lagrimejaram.

Eu acredito em você. Por favor, não vá embora, minha pequena. 

3 comentários:

  1. muito muito bom, continua continua, amo isso aqui

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  2. posta posta posta, estou só esperando suas postagens.

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  3. Estou terminando um capítulo, espero postar ainda hoje! Boa leitura, meninas!

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