As férias na Irlanda fizeram-me colocar a cabeça no lugar. Tudo estava
perdido, o que me pertenceu escapou pelos meus dedos. A verdade é que não
importava quantos quilômetros eu andasse ou voasse, eu teria que voltar. Mas
tudo que eu deixei para trás foram cartas que não seriam lidas outra vez. O
verão terminou e com ele tudo se foi. Não deveria me sentir assim, afinal, não
era para ser desde o começo. Eu quis acreditar em algo que fez o meu coração
bater mais rápido, tão rápido que se espatifou em mil pedaços. Doce ilusão, se
é que posso chamar assim algo que me atingiu e sorrateiramente se foi. O amor é
engraçado, ele te faz sorrir e estar eufórico, perder a noção do tempo e essas
coisas de gente apaixonada, no entanto, ele pode te dar uma rasteira a qualquer
momento, e ele vai fazer isso. Portanto, não há graça no amor. Creio que metade
das pessoas no mundo morrem sem conhecer o amor. Uma vez me disseram que você
só encontra o amor da sua vida uma vez. Se tiver sorte essa pessoa vai dormir e
acordar todos os dias ao seu lado, na maioria dos casos isso não acontece.
Outra vez me disseram que você só ama uma pessoa de verdade quando consegue
conviver com os defeitos dela todos os dias, não tenta os abstrair ou coisa do
tipo, apenas aceita e convive com aquilo. Talvez o amor seja um pouco disso
tudo. Só talvez.
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