O dia já havia amanhecido quando
Rachel despertou. Ao olhar para o lado percebeu que Amanda já não estava mais
nada cama. A menina, no entanto, recolheu, vestiu suas roupas e em seguida foi
até a sala do pequeno apartamento. Na porta da sala havia um bilhete com os
seguintes dizeres.
Eu quero te tocar
Você quer me tocar também
Esse é um crime perfeito.
Rachel sorria enquanto lia o
bilhete, antes de sair à menina o guardou no bolso. Ela não sabia se veria
Amanda outra vez, afinal, não era a primeira vez que ela tinha uma noite
fantástica com uma garota bonita e desconhecida. Logo, o sorriso de Rachel se
esvaiu. Seus pensamentos estavam em Mischa. O sexo e o álcool havia sido bom,
mas não o suficiente para apagar Mischa de suas lembranças. A menina controlou
suas lágrimas e seguiu seu caminho. A noite havia sido fria, mas a manhã estava
quente e agradável, portanto, havia mais pessoas pelas ruas e a praça em que
Rachel visitara no dia anterior estava cheia de pessoas sorridentes comemorando
a chegada do verão. Rachel desejou que a nova estação aquecesse não apenas a
sua pele, mas o seu coração.
Rachel voltara para o apartamento
de Blair já que todas as suas coisas estavam lá. Logo, Rachel voltaria para a
Dinamarca e deixaria de vez tudo para trás. Quando chegou ao apartamento bateu
na porta e ficou a esperar por Blair, que não demorou.
- Bom dia. – disse a menina
enquanto abria a porta e segurava uma caneca de café na outra mão.
- Bom dia. – Rachel sorriu
irônica.
Blair ignorou a presença de
Rachel e continuou a tomar o seu café na cozinha enquanto lia uma revista de
moda. Rachel se sentou no sofá e ficou a fita-la. Ela usava pantufas e tinha os
cabelos presos em um coque. Estava fofa.
- Não vai me perguntar como foram
as coisas? – perguntou Rachel após alguns minutos em silencio.
- Levando em consideração o fato
de você estar cheirando a álcool e cigarro, acho que as coisas não foram tão
boas, mas se eu considerar o fato de você ter dormido fora e ter um sorriso no
canto dos lábios, talvez não tenha sido tão ruim. – a menina sorriu após
proferir tais palavras e voltou sua atenção para a revista.
- Pode ao menos me ouvir sem
decifrar tudo sobre mim pelo menos uma vez na vida? – Rachel se debruçou no
balcão frente a Blair.
- Sim. – Blair riu e deixou um
pouco de café cair em sua coxa, mas não se importou.
Rachel se sentou no balcão e
contou como havia sido desde o momento em que entrara na casa de Mischa até
quando bateu a porta da casa da garota. Blair a ouvia com uma expressão intacta
no rosto. Não estava surpresa, não estava feliz, não estava triste, apenas
ouvia a menina. Rachel após finalizar a história tinha lágrimas nos cantos dos
olhos.
- E então foi isso. – Rachel
esfregou os olhos e passou a mão pelos cabelos.
- Eu sinto muito por isso. –
Blair finalmente a fitava. – Mas acredito que isso não seja totalmente verdade.
- Como assim? – Rachel a
encarava. Seus olhos azuis brilhavam feito o mar no final da tarde.
- Eu via como ela te olhava, e
mais do que isso, eu vi como ela me olhava. – Blair segurou Rachel pelo queixo.
– Não desista tão fácil. Ela é só uma garotinha confusa e você é um tornado. –
Blair sorriu.
- O que eu devo fazer? – Rachel
fitou-a nos olhos. Seu coração batia lentamente e um sentimento de calma e
tranquilidade lhe invadia ao fitar aqueles olhos azuis.
- Quer mesmo pedir conselhos
sobre relacionamentos para mim? – Blair sorriu. Seu sorriso era lindo, havia
sido desenhado por algum anjo no céu.
- Tem razão. – Rachel riu. – Às
vezes me esqueço de que você é minha ex-namorada e que também já partiu o meu
coração.
- Não seja melodramática. Há dias
atrás você estava me odiando por ter aparecido na sua vida, e agora está aqui
na minha frente sorrindo. – Blair passou a mão pelo rosto da menina. – Eu senti
tanto a sua falta.
- Você está me deixando confusa.
– Rachel a fitou com os olhos.
- Rachel não me olhe assim, você
está apaixonada pela Mischa e eu não quero ser seu estepe. – a menina se
levantou e sorriu ironicamente. – Eu tenho a minha sensualidade e dignidade
ainda.
Rachel viu a menina ir para a
sala e ficou a sorrir. Era estranho como ela se sentia bem ao lado de Blair.
Aquele lugar, aquele verão que se iniciava, tudo estava em perfeita sintonia
com o sorriso dela. Era como se o destino estivesse brincando outra vez. Era
como se ela estivesse se sentindo segura ao lado de Blair, era como se ela
estivesse se sentindo viva outra vez. Era como se nada tivesse acontecido nos
últimos anos.
- O que vai fazer hoje? Procurar
a Mischa outra vez? – perguntou Blair pintando as unhas do pé no sofá da sala
quebrando o longo transe de Rachel.
- Hã? Acho que não tenho o que
fazer lá. – Rachel fitou o chão e mordeu os lábios.
- Vem aqui. – chamou Blair com um
olhar preocupado.
Rachel se sentou ao lado da
menina e essa a puxou para um abraço. Logo, Rachel estava deitada no colo da
menina e essa fazia carinho em seus cabelos. Blair tinha um sorriso sereno no
rosto e Rachel fitava o teto.
- Blair...- chamou Rachel.
- Não diga nada. – a menina
respondeu com a voz suave e serena.
Blair continuou a acariciar os
cabelos de Rachel até que a menina adormeceu em seus braços. A garota deslizou
sua mão pelo rosto da menina e uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Não havia
palavras que pudessem explicar todo o sentimento que Blair tinha por aquela
garota. Ela jogara tudo pela janela para ver Rachel ser feliz. Ela aceitara
levar a culpa por toda a sua vida. Ela aceitara ser o lado ruim da história.
Ela aceitara a solidão e a dor, apenas para ver Rachel sorrir. Porém, ela não
podia negar que era bom tê-la em seus braços, mesmo que não houvesse futuro ou
planos.
Após alguns minutos Blair se
levantou calmamente para não despertar Rachel. A menina foi para o banheiro
tomar banho e enquanto se despia sentiu seu nariz sangrar. A expressão no rosto
da menina era de irritação, como se já não suportasse mais isso. Sem perder
tempo, Blair se enrolou na toalha e foi até a cozinha pegar um de seus
remédios. Rachel se remexeu no sofá, o que fez Blair prender a respiração por
um segundo e voltar rapidamente para o banheiro. Enquanto tomava banho à menina
via o sangue escorrer, porém, não se surpreendia. Após o sangramento cessar
Blair saiu do banho.
- Vai sair? – perguntou Rachel
quando viu Blair passar pela sala com os cabelos molhados.
- No meu mundo as pessoas não
tomam banho apenas quando vão sair. – Blair riu. – Aliás, você precisa de um
banho, o cheiro de álcool em você está me dando enjoos.
- Está grávida é? – perguntou
Rachel se sentando no sofá e sorrindo.
- Com toda certeza! – Blair
respondeu fitando e jogando lhe uma almofada no rosto.
- Vá tomar banho, vamos almoçar
fora! – Blair disse enquanto secava os cabelos. – Tenho que comprar umas coisas
na cidade e respirar um ar que não seja poluído por álcool e nicotina. – a
menina riu ironicamente.
- Eu não demoro. – Rachel revirou
os olhos e foi tomar seu banho.
Após quinze minutos Rachel havia
terminado seu banho e vestia um short preto com uma regata que tinha a bandeira
da Irlanda estampada. Após se olhar no espelho Rachel se lembrou que estava
vestindo roupas que comprara quando viajara para esquecer Blair e agora estava
com as roupas e Blair. A vida é mesmo irônica.
- Vamos? – perguntou Blair que
vestia um vestido de tecido leve na cor verde.
- Claro! – Rachel sorriu ao ver
que a menina estava linda. – Aonde vamos?
- Lembra-se daquele restaurante
que fomos quando estivemos aqui? Que você disse que nunca mais comeria em outro
lugar para não esquecer o sabor da comida? – Blair ria enquanto trancava a
porta.
Rachel riu e ficou eufórica ao se
lembrar do quão fantástica a comida era. A menina conseguia se lembrar de tudo
que havia comido naquele dia. As meninas desceram as escadas sorridentes e com
um sentimento de nostalgia eufórico. Como o restaurante era próximo dali, ambas
foram caminhando e conversando como se nenhum dia houvesse passado desde aquela
primavera. Quando chegaram ao restaurante, logo se sentaram em uma mesa que
estava na sob a calçada. O dia estava quente e ensolarado. Havia felicidade nas
ruas. Rachel e Blair partilhavam do mesmo sentimento. Após alguns minutos
analisando o cardápio, as duas garotas decidiram dividir uma salada de verão,
com peixe ao molho de alcaparras e batatas cozidas. Elas já haviam feito isso
em um outro dia ensolarado. Enquanto esperavam pelo prato as meninas
conversavam sobre besteiras e Blair não conseguia controlar suas risadas.
- Eu adoro o jeito como você
sorri. – Rachel a fitou.
- Você sempre me fará sorrir. –
Blair sorriu.
Havia um clima entre os olhares
entrelaçados de ambas, porém, este foi quebrado pelo garçom que começara a
servir os pratos. Logo, as garotas começaram a se deliciar com a comida e com o
vinho branco que Blair havia pedido. Blair ria de alguma besteira proferida por
Rachel quando seu sorriso se esvaiu. Problemas estavam a caminho.
- Que bela cena. – disse Mischa
ao se aproximar das suas garotas. A menina estava caminhando pela cidade a
procura de um apartamento para morar, já que não queria mais ficar sobre o teto
da avó.
- Mischa? – Rachel se assustou ao
ouvir a voz da garota. – O que faz aqui?
- Não deveria ser eu a fazer essa
pergunta, Rachel? – Mischa a fitava com decepção nos olhos. – E eu que estava
me sentindo um monstro por todas as coisas que fui obrigada a dizer para você,
enquanto você está aqui com sua ex-namorada, se é que não reataram, tomando
vinho, comendo e rindo como se não houvesse amanhã.
- Não entenda de forma errada. É
uma longa história. – Rachel mordia os lábios de nervosismo.
- Você tem razão. É uma longa
história o que você tem com essa garota, e aparentemente, ela não vai parar de
ser escrita não é mesmo? – Mischa tinha algumas lágrimas nos olhos.
- Mischa, se acalme. Não é nada
do que você está pensando. Nós só saímos para almoçar, não há nada demais
nisso. – Rachel fitou a menina.
Mischa fitou Rachel e seus olhos
estavam furiosos. Porém, a menina percebeu algo que a deixou incrédula. Havia
arranhões nos ombros de Rachel e esses iam até as suas costas. A menina se
aproximou de Rachel que esperava uma resposta e deslizou a mão pelos arranhões.
Rachel ficou pálida e gélida.
- Quer dizer que você já foi até
para a cama com essa vadia? – Mischa tentava segurar as lágrimas, mas foi em
vão.
Rachel ficou sem folego e não
conseguia se quer abrir a boca para responder algo. Agora sim tudo estava de
cabeça para baixo. Como Mischa poderia acreditar no seu amor se ela tinha
marcas de outra garota no corpo. Blair até então apenas observava a cena, logo,
essa se levantou e foi até Rachel verificar as marcas em seus ombros.
- Eu não fiz nada disso. – Blair fitou
Misch pela primeira vez. – Essas marcas não são minhas, pode ficar contente. E
sobre eu ser uma vadia, acho que estamos juntas nessa não é mesmo? Afinal, você
também destruiu um pouco dela.
Mischa ouvira as palavras de
Blair como se estivesse pisando em cacos de vidro. Ela estava certa, não sobre
as marcas, mas sobre a sua atual condição. Ela e Blair haviam cometido o mesmo “erro”,
independentemente das razões que as levaram a isso, elas eram iguais.
- Me perdoe, não quis ser
grosseira. – disse Mischa fitando a garota de olhos azuis.
- Não me deve desculpas, e se
quer saber, se essas marcas fossem minhas eu admitiria. – Blair agora fitava
Rachel. – E quanto a você, vá para casa.
- Não posso ir para casa, eu
preciso resolver toda essa situação. – Rachel bagunçava os cabelos. – Eu não
quero perder ninguém, mas eu não sei o que fazer.
- Eu sei. – Blair fitava-a sem
nenhuma expressão. – Por isso estou te mandando ir para casa. Aqui estão as
chaves. – a menina entregou lhe as chaves e deslizou a mão pelo seu rosto.
Mischa fitava a cena sem dizer nada.
- O que você vai fazer? – Rachel a
fitava com os olhos lagrimejados.
- Vou cuidar de você. – sussurrou
Blair no ouvido da menina. – Agora vá! Por favor.
Rachel estava confusa e não
conseguia entender o que se passava na cabeça de Blair. Por outro lado, ela
estava em maus lençóis. A menina saiu a caminhar com a cabeça baixa. Estava
envergonhada. Onde ela estava com a cabeça? Porque Mischa ficou tão irritada se
ela havia terminado tudo? Rachel tentava entender o que realmente estava
acontecendo. Não havia respostas.
- Porque você a mandou para casa?
– perguntou Mischa fitando a menina.
- Rachel não saberia lidar com
essa situação. – Blair respirou fundo. – Quer conversar? Talvez você devesse.
Mischa fitou a menina e não
conseguia acreditar nas palavras que saiam da sua boca. Porém, ela precisava
desabafar com alguém. Havia um turbilhão de pensamentos em sua mente e ela
tinha vontade de chorar o tempo todo. Podia parecer surreal, mas havia certa
sinceridade nos olhos de Blair, isso a deixou surpresa.
- Ok. – respondeu Mischa se
sentando no lugar que antes era ocupado por Rachel.
- Diga me, porque terminou com
Rachel? – Blair fitava a menina enquanto voltava a comer seu prato.
- É muito complexo. – Mischa suspirou
e fitou a rua. – A Rachel é uma garota incrível, mas seria tão complicado
desafiar toda a minha família para ficar com ela, e veja só, ela já esta
dormindo com outra pessoa. Não sei se valeria apena causar uma guerra com a
minha família por causa dela.
- Mas ela te ama. – disse Blair
fitando seu prato e cortando um pedaço de peixe.
- Porque está dizendo isso? –
Mischa a fitou incrédula.
- Porque é a verdade. – Blair agora
fitava a menina. – Rachel é um tornado. Ela não consegue ser racional quando há
sentimentos envolvidos. Ela tem um vazio muito grande dentro de si e busca
completa-lo com pessoas, álcool e sexo. Porém, no final disso tudo ela precisa
ter alguém para lhe estender a mão.
- Mas eu não posso aguentar isso.
– Mischa revirava os olhos. – Se ela quer ter uma história comigo ela precisa
mudar, ela precisa se controlar. E quando eu a vi desafiando minha avó na sala,
eu percebi que ela sempre será assim. Impulsiva.
- Você tem razão sobre isso, é só
que ela precisa de alguém. Alguém como você. – Blair a fitava, seus olhos
demonstravam uma profundidade tremenda.
- Alguém como eu? O que está
dizendo? Porque está fazendo isso? Você não a ama? – Mischa estava agitada.
- Sim, eu amo. Sempre amei e assim
sempre será, mas eu não posso ficar com ela. Nunca pude. – Blair fitava a rua a
sua frente.
- O que está dizendo? – Mischa a
fitou.
- Rachel foi a única pessoa que
me fez conseguir sorrir em meio a um turbilhão de dores. Ela cuidou de mim como
ninguém havia feito, mesmo sem saber de nada, ela cometeu seus erros, mas nunca
deixou de estar presente e me deixar segura. – Blair tinha lágrimas nos olhos.
- Se você realmente a ama e sente
tudo isso por ela, porque desistiu de continuar a história de vocês? – Mischa olhava
com compaixão para a menina.
- Nossa história jamais teria um
final feliz. – uma lágrima escorreu do rosto da menina. – E Rachel, ela precisa
de um final feliz. Ela precisa encontrar um amor saudável e não um amor
suicida.
- E porque não você? – Mischa a
fitou.
- Quer mesmo sabe? – Blair secou
as lágrimas e a fitou.
Mischa fez um sinal positivo com
a cabeça e continuou a fitar a menina de cabelos castanhos. Blair tinha uma
expressão calma e serena no rosto, mas seus olhos denunciavam plena tristeza. O
que havia por tras dos sorrisos debochados e de toda a supremacia daquela
garota. Mischa não conseguia entender tudo o que acontecera nos últimos dias,
mas estar sentada a frente de Blair prestes a ouvir sobre seus mistérios, era a
coisa mais bizarra que poderia acontecer. Porém, ela não se sentia incomodada,
ela olhava para Blair como se quisesse entende-la e aliviar toda a sua
angustia. Blair apenas sorria.
- Não serei melodramática ou poética,
mas a verdade é que eu tenho leucemia desde os sete anos. Meus pais me levaram
nos melhores médicos do mundo para me curar, mas foi em vão. Havia tanto
sofrimento naquela casa que minha mãe cometeu suicídio na madrugada do meu
aniversário de 12 anos e meu pai enlouqueceu logo em seguida. Ele abandonou os negócios,
a sanidade e a mim. Meus avós não tinham condições de cuidar de mim, por isso me
mandaram para o West Dynamik.
- E porque não contou isso a
ninguém? – Mischa tentava controlar a fala, mas suas mãos tremiam.
- Não queria ter olhares de pena
ou suicídios perto de mim. – Blair tinha o olhar frio e serio. – Eu queria que
as pessoas vissem que eu era uma pessoa segura e que não precisava de ninguém.
Afinal, eu não tinha ninguém. Até ela aparecer. Mesmo sem asas, ela era o meu
anjo protetor.
- Rachel?
- Sim.
- Porque nunca contou a ela?
- Ela me amava demais. Estava
louca por mim. Se eu dissesse tudo o que se passava ela não aguentaria. – seus olhos
voltaram a ficar lagrimejados - Iria enlouquecer como o meu pai e quem sabe se
matar como a minha mãe. Eu não podia ver a pessoa que eu mais amava no mundo se
definhar.
- Por isso foi embora?
- Sim. Era mais fácil ter o seu
ódio do que seu sangue em minhas mãos.
- Porque resolveu me contar sobre
isso? – Mischa tentava manter a calma em sua voz, mas sua vontade era de deixar
as lágrimas escorrerem.
- Porque eu quero que você cuide
dela. – Blair a fitou. – Não estou pedindo para reatarem ou você criar a
terceira guerra mundial com a sua família, estou apenas pedindo que me prometa
que quando tudo isso acabar você estará por perto dela.
- Quer que eu faça uma promessa? –
Mischa fitava os olhos da menina.
- Sim. Apenas prometa isso, e eu
poderei dormir em paz.
- Eu prometo, Blair. – respondeu Mischa
fitando-a e botando sua mão esquerda sob a dela.